terça-feira, 24 de novembro de 2009

Do que a vida impõe...

Tinha sido uma semana bem difícil: a rotina exaustiva permanecera e intensificara; cenas que gostaria de não ter presenciado; despedida de um grande amigo e - a parte mais árdua - escolhas por fazer...

Era sempre missão de sofrimento optar por algo. Relutava, desconversava com o destino, tentava deixar pra lá, adiava, mas dessa vez não podia. Na verdade, o termo certo é não DEVIA! Já que, SIM, poderia postergar ou nem pensar na questão e simplesmente deixar a maré dar conta de tudo. Mas havia sentimento, ainda que não soubesse ao certo em que grau e seria, portanto, injusto a estadia sobre o muro. Injusto para ambos.

Optou pelo mais difícil.
Optou pelo silêncio do telefone;
Pelo fim das mensagens inesperadas;
Dos recados carinhosos;
Das horas de voz suave e de sotaque cantado que tanto gostava;
Da preocupação cotidiana com cada detalhe do dia;
Dos planos de férias, pós-formatura e futuro...

Por desejar estar ao lado sabendo que tão cedo não seria possível;
Por querer bem;
Finalmente, por sensatez...
Escolheu (Pasmem!) o que mais abominada e fazia tremer a sua espinha.
Escolheu a SOLIDÃO.
E, como esperava, isso só era justificável para si.


"As lágrimas são as últimas palavras quando o coração perde a voz.
A alma não teria arco-íris se os olhos não tivessem lágrimas "
John Vance Cheney

Um comentário:

  1. Moça, sinceridade é sempre o melhor caminho!
    Afinal, o que há de ser, vigora!
    Então, como diz o Caio Fernando: Relaxa e flui: barquinho na correnteza!

    beijos...e QUE ORGULHO!

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