quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Dezembro

A euforia do final de mais um ano é bastante comum entre as pessoas.
Devo ser uma das poucas pessoas imune à todo o clima festivo envolvido no mês de dezembro.
Não gosto de finais de ano.
E - entendam – não sou ingrata.
Trata-se de mais uma de minhas contradições convivendo em harmonia.
Sim, porque sou muito grata por ter a família que tenho e tê-la por perto.
Sou grata por minha saúde, meu emprego, minha faculdade, meus amigos, minhas conquistas...
Não desdenho nada disso e tudo tem o devido reconhecimento de minha parte.
PORÉM...
Há meia década não passo por festividades de final de ano em estado de felicidade plena. E não tenho como felicidade plena a perfeição, mas a existência de algo – que eu mesma ainda desconheço – que também a compõe essência.
Compreende? Tudo bem se não...

PRÉ VISUALIZAÇÃO:

A família reunida como todo ano.
Ela sempre gostou desse momento.
Apesar disso, o coração estava inquieto e a mente vagava, sabe-se Deus por onde, escondendo sua distância com sorrisos que estampavam o rosto.
Meia-noite chegou.
Depois dos típicos cumprimentos e votos das mais diversas felicidades, sem se dar conta, estava a um canto, solitária vendo os fogos que pareciam não cessar.
Os agradecimentos que sempre pareciam insuficientes, as preces que sempre pareciam demasiadas...
Um flash back do ano que acabou de virar passado e do anterior, e do anterior...
Os olhos lacrimejaram e as tão contidas lágrimas teimando em querer formar-se nos cantos dos olhos.
Sentiu o vazio típico.
Não sabia o que, mas faltava...
Fitou um foguete estrela que destacou-se no alto: que seja um Ano Novo de encontros e feliz de verdade.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Nua e crua! Verdade?

No dia seguinte o telefone não tocou.

Não estava habituada a todo esse "desapego" tribalista: cantarolara por muitas vezes em alto e bom tom, fazendo caras e bocas "Eu sou de ninguém. Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também" nunca por convicção na letra, mas pelo embalo do som, só isso!


***


- Ahh, queria contato de novo...

- Você não vai encontrar o amor da sua vida em uma balada!

- Ué, não acho impossível! Já aconteceu uma vez...

[Uma expressão de "Já? Cadê? Retifica, vai... "]

- Tá! Não deu certo, mas já aconteceu...

- Aaah, tá! NÃO DEU CERTO! Taí a prova de que você NÃO vai encontrar em balada.


[PANCADA nº 1]


***


- Eu não tô falando de "amor da minha vida", de compromisso sério, nem é o que quero agora... Mas alguém pra "ficar", sabe...?

[Procurando uma expressão de compreensão.]

- Sexo?

- Quê? Não! Que isso? Que sexo o quê! Que isso! Tá doido, é? Até porque isso não é assim!

[Enrubescida até a alma. Realmente não se tratava dessa questão.]

- O que vcoê tá esperando de um carinha em ba-la-da?


[PANCADA nº 2]


***


Não convencida da regra, mudou de assunto.
Afinal, ela curte uma boa noite de festa, não sai por aí à procura de sexo, tem seus valores, princípios e, se é capaz de interessar-se por alguém também na balada, acreditava que pessoas interessantes e capazes de nutrir qualquer tipo de sentimento poderiam sim, gostar de uma boa noite de diversão, oras!

"Baladeiros também amam", não é não?


***


Apesar de toda essa convicção, saiu desse papo com o peito sufocado e com náuseas.
Instaurada a semente da dúvida, pensava: "mas será?".
Tentava evitar pensar em tudo o que já tinha vivido até então, na busca incessante de não atribuir àquelas palavras às suas histórias. Não que se enquadrasse em toda a situação, mas só a idéia de ser vista ou desejada simples e puramente como objeto, já lhe causava um desgosto profundo.
Nada tinha dado certo até agora.
Foi capaz de amar, inegável.
Mas não tinha sido capaz de manter alguém ao seu lado.
Será que era só esse tipo de interesse, de tentativa que atraía?
Não seria possível ver nela outras características que nutrissem a vontade de ter a sua companhia?
Não possuía nada além de uma casca, que nem é tão atraente assim?

Quase impossível não questionar.
Definitivamente, não estava se sentindo bem....

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Do que a vida impõe...

Tinha sido uma semana bem difícil: a rotina exaustiva permanecera e intensificara; cenas que gostaria de não ter presenciado; despedida de um grande amigo e - a parte mais árdua - escolhas por fazer...

Era sempre missão de sofrimento optar por algo. Relutava, desconversava com o destino, tentava deixar pra lá, adiava, mas dessa vez não podia. Na verdade, o termo certo é não DEVIA! Já que, SIM, poderia postergar ou nem pensar na questão e simplesmente deixar a maré dar conta de tudo. Mas havia sentimento, ainda que não soubesse ao certo em que grau e seria, portanto, injusto a estadia sobre o muro. Injusto para ambos.

Optou pelo mais difícil.
Optou pelo silêncio do telefone;
Pelo fim das mensagens inesperadas;
Dos recados carinhosos;
Das horas de voz suave e de sotaque cantado que tanto gostava;
Da preocupação cotidiana com cada detalhe do dia;
Dos planos de férias, pós-formatura e futuro...

Por desejar estar ao lado sabendo que tão cedo não seria possível;
Por querer bem;
Finalmente, por sensatez...
Escolheu (Pasmem!) o que mais abominada e fazia tremer a sua espinha.
Escolheu a SOLIDÃO.
E, como esperava, isso só era justificável para si.


"As lágrimas são as últimas palavras quando o coração perde a voz.
A alma não teria arco-íris se os olhos não tivessem lágrimas "
John Vance Cheney

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tempo?

Alguém me arruma um dia com 36h, por favor!!!!!



***
"Tempo, tempo,
mano velho,
falta um tanto ainda, eu sei,
pra você correr macio..."

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Palavras apenas?

Em meio à minha insônia dessa noite, fiquei pensando no poder que elas possuem e em como algo desenvolvido para facilitar a comunicação pode gerar tanta polêmica. Isso porque as palavras não existem sozinhas. Dependem do entendimento de quem as escuta, do momento em que são ditas, do tom com que saem das bocas, da combinação com outras palavras e poderia listar uma infinidade de condições para suas variações.

Por isso demandam cuidado.

As palavras podem mostrar-se insuficientes, poucas, na medida, demais ou exageradas. E dificilmente elas representarão exatamente o que você deseja. E daí surge o mal-entendido, o que causa dor, a discórdia, a mágoa...

Fui educada aprendendo a medir o que dizer, não a deixar de dizer, repito, a MEDIR o que dizer. Junto a essa lição, meus pais me ensinaram que existe jeito e hora certa pra expressar o que penso. Não acho isso ruim. Aprendi a dizer o que passa em minha cabeça fazendo o máximo para não magoar as pessoas ao meu redor - o que infelizmente, não quer dizer que nunca o tenha feito, tenho meus “ataques de sinceridade”. Mas me esforço e me sinto orgulhosa por isso.

Porém, das “lições de palavras”, CALAR talvez seja a que mais tenho absorvido nos últimos anos. O silêncio é a forma mais eficiente de falar sem ferir. Pode ser, e muitas vezes é, doloroso agüentar determinadas coisas sem revidar... Mas é a forma mais eficaz que encontrei para de deixar de ser egoísta e não machucar o outro [ou de ser egoísta e não querer soltar coisas das quais me arrependerei depois].

Acho importante que as pessoas digam o que pensam, principalmente por odiar ficar imaginando o que passa pela cabeça do outro – até porque minha imaginação trabalha arduamente nessa tarefa e chega a resultados mirabolantes. E não quero com esse texto encorajar vocês, meus amigos, a calar-se o tempo todo. Como disse no início, isso é só um desabafo de uma noite de pouco sono.

Já dizia a raposa ao conversar com o Pequeno Príncipe no jardim de rosas:



“A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.”
*****

Texto antigo, mas ainda acho válido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Essa mania de educação...

Tinha perdido a visita técnica da faculdade.

TRADUZINDO: Levantei após as poucas horas de sono rotineiras, me desloquei até o Centro e tornei a esperar, impaciente e por MUITO tempo o transporte público que me deixaria na faculdade. O relógio marcou o horário combinado pela professora e eu ainda estava no Centro...

Contrariada - e com a sensação de que deveria ter ficado na cama já que era fato que tinha mil motivos para tal - entrei no primeiro ônibus de volta pra casa.
Queria encostar no vidro e seguir em paz para meu lar.
Mas não poderia ser assim, tão fácil, afinal o dia já tinha começado "daquele jeito".

O cobrador inicia um "gritálogo" com o motorista e, como se não bastassem as vozes esganiçadas de ambos, o conteúdo era ainda mais asqueiroso; estavam dando NOTA para as mulheres pelas ruas.

Levando em conta que eu já havia assumido um grau de irritabilidade elevadíssimo desde cedo, ainda me esforçava na tentativa de abstrair o momento em questão, me apegando ao fato de cochilar por mais uma horinha antes do trabalho (por mais que a vontade fosse de expressar minha repulsa).

- Psssiu!

Escuto ao longe, mergulhada em meus pensamentos. Não era comigo! Não havia conhecidos no ônibus...

- Psssiu, ei!
Relutante, descrente e mais uma vez irritada por ter saído do meu mundo, olhei para o lado. O cobrador:

- Senta aqui gatinha, que hoje eu tô afim de conversar!
ERA comigo. E o infeliz apontava o banco em frente ao seu assento de trabalho.
O tom de malandro, e pior, de ordem me deixou furiosa!!!

["Ah, que abuso! Desaforado!!!"
"E daí? Problema seu!"
"É mesmo? Arruma um cachorrinho!"
"Dane-se! Eu não! Aliás, você podia calar a boca!"]

Esses foram alguns dos pensamentos passíveis de publicação: eu também faço uso de xingamentos.

No entanto, forcei um esboço de sorriso quadrado - que sumiu após a primeira palavra - e, sem olhar nos olhos do indivíduo:

- Estou com sono!

- Iiiiih, mas cê não vai conseguir dormir não!

Ainda com o sangue fervendo, desencostei a cabeça, virei o rosto, olhei nos olhos dele, séria:

- Precebi!

E fiz todo o movimento contrário.
Eureka! Consegui, enfim, meu sossego.

domingo, 11 de outubro de 2009

Se for conveniente, renuncio.

Seria bem mais fácil se nos aceitássemos como somos...
Sorte de quem o faz!
Quem tem consciênca do potencial que possui;
Quem consegue abafar os defeitos pelas qualidades ou, ao menos, conviver bem com eles;
Quem é seguro de si, faz as coisas acontecerem e não tem medo de perder o que possui...

Sou torta, sou toda o inverso.
Eu não sei disputar.
Coisa de filha única?
Talvez.
Mas da luta EU me retiro!

***

Honrando o título do blog, postagem sem motivo.
Ouvindo Leoni e só eu sei o que isso significa...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Rotina

Dorme pouco
Acorda
Levanta
Apressa
Corre
Estuda
Trabalha
Estuda
Aaah, lar!
Comer
Banho
Cama...

Tudo de novo!

***

A falta de tempo engole minhas palavras vastas...

***
"Um pouco mais de paciência"

domingo, 20 de setembro de 2009

Crônica de domingo.

Estava muito quieto para uma criança na Igreja num domingo à noite.
Em pé ao fundo do templo protagonizou uma inquietude visível ao perceber os preparativos para o momento do ofertório: queria levar a cesta das ofertas para o altar. Caminhou, inseguro, em direção à senhora que organizava o momento, olhou para os pais pedindo o apoio que veio em forma da mãe, comunicando seu desejo. A senhora ficou sem jeito. Sempre chamava os fiéis antes do início da celebração, por motivos óbvios: não podia ficar procurando por alguém no momento da procisão acontecer. Mas não queria contariar as crianças; nem o menino de olhos pedintes, nem a pequena que já estava aguardando para dar início à caminhada para o altar.

Caminhou até a mãe e disse que a outra criança havia feito o pedido antes, tentando se justificar, ainda mais sem graça.
Ele fez menção de chorar.
Sentou no apoio para os pés do último assento, deitando o rosto inclinado sobre os braços que eram sustentados pelo joelho. E assim, assistiu com olhos compridos o trajeto que tanto gostaria de ter feito.

Subitamente, um desanuvio da expressão.
Correu novamente aos pais: poderia levar uma oferta para encher o cesto!
Mas o pai deu de ombros e balançou as mãos no ar de forma negativa. Rapidamente, a mãe alisou os bolsos e constantou que não havia uma moeda sequer para alegrar o menino.
Não teve jeito. Cruzou os braços e se aninhou à mãe, ainda contrariado.
Ela o encorajou a caminhar até o altar, mesmo sem oferta.
Foi até metade do caminho, olhando frequentemente para trás. Até que apareceu um anjo e pediu que ele levasse, por favor, sua oferenda.
O sorriso veio instantâneo. Foi como uma flecha e deixou aquele lindo adorno infantil em seu rosto o restante da celebração. Os pais agradeceram.

No final, como de costume, o pároco convidou os aniversariantes da semana ao altar para os cumprimentos.
Ele subiu sozinho. Depois do "parabéns", entoado por toda comunidade, apagou de a vela retirada do altar por improviso.

Completava seis anos naquela mesma noite. E aquele era seu presente.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Ilusão"

“Uma vez eu tive uma ilusão
e não soube o que fazer,
não soube o que fazer...
Com ela,
não soube o que fazer...
...E ela se foi”.

Já não conseguia concentrar-se no trabalho quando a canção ecoou pelo saguão.
Pronto! Os questionamentos voltaram!
Pela primeira vez achava que a letra falava de si, como se alguém a cantarolasse ao pé de seu ouvido.
- “Você é muito especial, MAS...”
...escutara diversas vezes essa declaração e sentia um arrepio maior a cada uma delas.
O arrepio era de raiva.
A princípio pela consciência de que não era e não tinha nada de especial.
Além disso, já sabia o que viria seguindo o “MAS”.
A frase era uma farsa completa!

"Porque eu a deixei?

Por que eu a deixei?
Não sei...
Eu só sei que ela se foi”.

Reparou a última estrofe da canção e teve certeza de que alguém já havia pensado assim um dia...
Sentiu um orgulho dolorido neste momento, sem menção saudosista alguma, vale ressaltar.

***

Despertou-se.
Alguém chamava seu nome há algum tempo.
Uma música agitada espalhou-se pelo ambiente.
Desanuviou os pensamentos.
Voltou a trabalhar.

domingo, 13 de setembro de 2009

Nota.

O que de fato corre no peito é, com algum esforço, encoberto por um sorriso que estampa o rosto...

Melhor assim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dessas coisas de Amor...




[Texto antigo, mas atualmente, ele faz todo sentido]



Esse casal?
Ah... Eles vivem na minha sala, lendo jornal, fazendo tricô... E dialogando entre si na linguagem do silêncio que só eles entendem.
Mais um mês que se vai...
Tenho andado um tanto apreensiva quanto ao TEMPO.
E constatar que ele já passou consideravelmente pra mim, me causa um certo desconforto – “A” velha, né?
Daqui a pouco tô como esses dois e nem tricô eu sei fazer. Não tive paciência pra continuar com ponto cruz quando estava aprendendo. Quem dirá tricô.
Só espero ter “ALGUÉM” lendo jornal do meu lado quando eu ficar velhinha, seja lá o que eu estiver fazendo... ;)
E dispenso a “linguagem muda”.
E quero ouvir as gargalhadas dos meus netos brincando pela casa e o burburinho da conversa que flui da reunião dos filhos na cozinha. Quero todos reunidos à mesa. Quero os sorrisos e a paz de uma família feliz!


Acredito em amor eterno, ainda que o último termo seja tratado como algo cada vez mais efêmero. E eu digo na real essência da união dessas duas palavras.
Acredito em casamento pra vida toda e quero isso pra mim. Em alguns aspectos ainda sou bastante conservadora e esse é um dos meus desejos.
Acredito sim em AMOR por mais que já tenha duvidado dele um dia.
E acredito porque hoje o SINTO!

Acordei "sentimentalmente-familiar" hoje...

Desses momentos raros...

"O hoteleiro precisa ter a diplomacia de um Kissinger,
a graça social da Rainha Mãe da Inglaterra,
a velocidade de um Concorde,
o sorriso de um deus grego,
a paciência de um santo,
a memória de um elefante,
a pele grossa de um rinoceronte,
a força de um Atlas,
o poder de insistência de uma sogra,
a boa forma de um centroavante,
a fineza de um duque,
a voz de um [Lawurence] Olivier,
o olho para lucro de um Vestry (ou Bill Gates),
e por último, mas não menos importante,
um amor pela humanidade:
porque os seres humanos exibem seu pior lado quando estão cansados e famintos."

(Albert Elovic)

***

Há! Viu como meu trabalho exige muito de mim?
=)

Sei que o dia está lindo e ensolarado;
Que o céu está azul, como raramente nessa cidade;
Que o feriado está propício à passeios de toda espécie...

Mas hoje, nada se compara à sensação maravilhosa que estou sentindo por poder ficar em casa de pijama o dia todo! Precisava disso.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

(Des)Necessário?

O que falta para a felicidade é parar de condicioná-la aos outros...
É diminuir a dedicação demasiada;
É esperar menos daqueles por quem fazemos tanto;
É tomar decisões baseando-se no que for melhor para si e considerando um pouco menos os que nos cercam
- e que raramente desprenderiam-se de seus anseios por nós -
É deixar a supervalorização do outro dar espaço a um pouquinho de amor próprio;
É tirar um pouco da cabeça, da alma, do coração...
O que falta é um pouco do egoísmo que sobra nos outros!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Da metamorfose ambulante...

Início...
Praticamente EXIGE uma apresentação.
O nome já é de conhecimento, tem um "Q" de avó e é, portanto, um pouco destoante com os "vinteetrês" que me pertencem.

A frase de Raul, título do post, vem muito a calhar: contradições e mudanças são o que mais me definem. Bem longe de ser categórica, bem próxima do implícito e do imperfeito e que isso fique claro desde já: não sou nenhuma bonequinha, nem uma mente brilhante, nem musa e tampouco muitos dos adjetivos qualitativos que nos rondam.

Mas estou a um triz de ser uma Turismóloga, integro a massa trabalhadora do país, sou uma prima bastante coruja, filha única sem os mimos muitas vezes atribuídos à classe, dotada de um sentimento maternal que não sai de mim, uma amiga do tipo que não diz só o que se deseja ouvir, romântica assumida e incorrigível e uma pessoa sujeita a todo tipo de erro. Que essa prévia sucinta e, certamente vaga, baste.


"Quanta mudança alcança o nosso ser!
Posso ser assim,
daqui a pouco não..."

O Teatro Mágico - Reticências.